Pranchas de projeto, como organizar?

Oi pessoal! Sei que muitas pessoas se enroscam na hora de montar uma prancha, então vamos a alguns passos para que você tenha mais facilidade na hora de criar sua prancha! Vou dividir a matéria em alguns módulos, então terá continuação 😉

DIAGRAMAÇÃO DE PRANCHAS.

O que é isso?

A diagramação de uma prancha nada mais é do que a ordem com que você insere as informações na sua prancha de projeto. É simples e ao mesmo tempo difícil. Alguns cuidados devem ser tomados ao se inserir as informações na prancha, quais são eles? Vamos lá:

Conteúdo

Antes de qualquer coisa, selecione o conteúdo que terá cada prancha, por exemplo, se eu quero distribuir as informações em três pranchas, quais serão as informações de cada uma delas? Organize! Por exemplo, uma para planta baixa e seções transversais, outra para ventilação, insolação, fluxos e outra para informações estruturais. Assim seu projeto ficará mais fácil de ser lido, como sabemos, os arquitetos leem desenhos 😉

Dimensão

Gente, façam testes! Os tamanhos das imagens nem sempre irão ficar do jeito que estamos imaginando, então façam testes antes de plotar, eu vou dar uma dica que me é muito útil: plote em formato PDF e quando visualizar o arquivo, coloque 100% e veja o tamanho das imagens, se a imagem não ‘estourou’, essas coisas, se estiver ok, então está pronto para ser impresso!

Relevância

Aqui muitos pecam! Sempre que formos inserir informações nas pranchas, temos que pensar o que é mais importante, quais informações não podem passar desapercebidas. o que for mais importante, a escala será maior e terá mais destaque, o que for menos relevante, pode estar em escala menor e não precisa ocupar espaço privilegiado na prancha. As vezes vemos umas setas de norte maiores que a planta baixa, rs

Padrão

Nunca se esqueça de, antes de começar a inserir as informações na prancha, estabelecer um padrão para elas, para que seu projeto não fique parecendo um Frankstain… rs , então sempre separe as fontes, o tamanho das fontes, como será os títulos? Itálico, negrito? E o corpo do texto? que fonte você irá usar? Organize tudo antes de começar para ficar bem apresentado!

Composição

Este ponto vai depender da sua criatividade. A geometria sempre ajuda nesse momento. Você pode separar sua prancha em seis partes iguais e distribuir as informações em cada parte, ou pode deixar um espaço no centro e dividir o restante em mais quatro quadrantes, aí vai do seu gosto pessoal e de como as informações se encaixam na prancha, como se relacionam entre si.

Lembre-se que você tem que fazer com que o leitor percorra toda sua prancha, então estabeleça um caminho, ele vai começar lendo o título, o sub título, depois irá para o projeto, os cortes, isso é você quem estabelece com padrões, dimensões, cores, destaques!

Essas são algumas dicas valiosas, espero ter ajudado!

Beijo,

Débora Bonetto329a6666b170b1cff508e5835589ad39.jpg

Exemplo de prancha – concurso site hometeka

Parques, como torná-los atraentes?

Mais uma questão que paira sobre os Urbanistas: ‘O que realmente é necessário para um projeto de um parque/praça que funcione?’. Essa e outras questões sempre devem ser analisadas e questionadas levando em conta um estudo prévio aprofundado do local a ser inserido o projeto.

Por que será que alguns parques urbanos tem uso contínuo e outros não? Normalmente, quando vemos que um parque é bem sucedido e há dinâmica no local é porque há diversidade física funcional de usos adjacentes e consequente diversidade de usuários e seus diferentes horários.

Como é descrito no livro Morte e vida de grandes cidades de Jane Jacobs:

Um parque urbano é fruto da sua vizinhança e da maneira como essa vizinhança  gera uma sustentação mútua  por meio de usos diferentes ou deixa de gerar essa sustentação.’

Sendo assim, podemos entender que para que um parque tenha mais possibilidade de ter sucesso em seu uso durante o dia, precisamos observar se o entorno o usará de forma apropriada e quem o usará e para que. Ao projetar um parque, devemos pensar: ” O que levará uma pessoa a frequentar esse parque?”, ”quais serão serão os atrativos desse parque?”, etc.

A arquitetura também é a arte do questionamento.

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Washington Square NYC  (imagem: nycgovparks.org)

 

A complexidade de um parque que o faz ser interessante pode estar em aspectos sutis, como por exemplo o visual dinâmico, a mudança de níveis no piso, certo agrupamento de árvores, espaços que se abrem a perspectivas variadas, etc.

Outro fator importante ao se projetar um parque são os seus usos. Quais usos terá? Pistas de bicicleta, skate, espaço para empinar pipa. Quem usará esses espaços? Enfim, perguntas pertinentes ao projeto devem ser realizadas durante toda a execução do mesmo.

Com esses passos somados a um bom conhecimento do universo da arquitetura e do urbanismo se torna mais evidente o sucesso de um projeto de um parque em determinado local.

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Washington Square , NYC (imagem: NYC parks)

 

 

Calçadas…qual a sua importância?

Há quem diga que as calçadas são meramente espaços entre a rua e o edifício, espaços que dão acesso às edificações, lugares para circulação de pedestres. Mas, se formos analisar um pouco mais sobre esse elemento urbanístico tão importante ao qual estamos tão familiarizados, podemos tomar mais algumas lições do que é e para que servem as calçadas. Quando eu era criança, brincava todos os dias na rua, ou melhor, na calçada. Lá eu ficava horas conversando com meus amigos, brincando de boneca, esconde-esconde e tantas outras brincadeiras. Era nas calçadas que eu ficava ao lado da minha mãe ou do meu pai esperando eles acabarem de conversar com algum vizinho ou comerciante para então, voltarmos para casa, e era na calçada que minha mãe gritava meu nome para eu voltar para casa pois a janta já estava pronta. Podemos concluir então, que o uso das calçadas excede o simples transitar entre elas ou o acesso a qualquer edificação.

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Uma calçada é um elemento imprescindível para a socialização de um bairro, para a segurança das pessoas e para a vida dinâmica de crianças e adolescentes. As calçadas, quando oferecem espaço para que pessoas as utilizem das mais variadas formas, fazem com que esse mesmo espaço se torne mais seguro e convidativo. Primeiro, porque todos gostam de lugares onde existe a vida acontecendo, onde existe dinâmica e, segundo, porque um lugar que sempre tem pessoas transitando em várias horas do dia se torna um lugar mais seguro, devido ao fato de as próprias pessoas estarem observando o local ativamente. Pensando dessa forma, concluo que as calçadas deveriam ser consideradas como ferramenta importante em um projeto urbanístico, visto que, com elas conseguimos fazer do espaço um lugar agradável e convidativo. Sendo assim, a recomendação, como citada no livro ”Morte e vida de Grandes Cidades” de Jane Jacobs, é de que as calçadas deveriam ser mais avantajadas em sua largura, com árvores em seus eixos para proporcionar sombra e lugares para sentar, para que houvesse um uso maior e melhor delas. Eu concordo com esse ponto de vista, sei que muitos problemas da cidade não podem ser resolvidos simplesmente arrumando uma calçada; isso é fato; mas, procurar melhorar é um caminho convidativo para os Urbanistas. Não existe receita pronta para projetar, há tipos e tipos de comunidades e diferentes estilos de vida, mas devemos sempre lembrar que o ser humano nutre as mesmas necessidades básicas em todos os lugares: comer, estar, trabalho, lazer, socializar e, uma calçada bem projetada pode contribuir muito para que essas necessidades sejam satisfeitas, pelo menos parcialmente.

Débora Bonetto.

 

Os seis pontos do Ecodesign.

Olá pessoal, hoje eu venho com um resumo de uma parte de um curso que estou fazendo sobre Ecidesign para cidades e subúrbios. Ecodesign pode ser especificado como o projeto para uma melhora na infraestrutura urbana combinando qualidade, preservação ao meio ambiente, facilidade e pensamento multidisciplinar. Uma integração do sistema artificial e natural envolvendo todo o contexto do espaço.

Capturar

Os seis pontos que guiam a produção desse tipo de pensamento para determinado lugar ou cidade são:

  1. Compreender e gerir a complexidade – As pessoas fazem da cidade um lugar dinâmico. Este sistema dinâmico na cidade nos traz uma larga variação nas formas de expressão humanas. Também temos que entender, ao projetar um espaço, que fora as necessidades básicas de uma pessoa, existem expectativas perceptivas e espirituais que devem ser supridas através do espaço. Os espaços com natureza por exemplo devem trabalhar junto com o design urbano para que o ambiente se torne mais agradável e humano.
  2. Tornar sustentável o crescimento econômico e populacional – Precisamos nos ater a importância de pensar nas futuras gerações nunca descartando a importância dos sistemas naturais. Como exemplo podemos citar espaços abandonados, uma boa opção é reusá-los e não pensar em primeira estância em destruí-los, visto que já existe toda uma estrutura que pode ser reaproveitada.
  3. Tornar todo o processo projetual interdisciplinar – Aqui novamente percebemos o conceito de Ecodesign, todas as disciplinas trabalhando juntas para obter um só resultado.
  4. Sempre requerer envolvimento público – Sempre que diversas opiniões são obtidas para um mesmo espaço, é possível extrair os melhores pontos de cada uma e se chegar a um resultado mais satisfatório. Como já ouvimos diversas vezes: Duas mentes pensam melhor que uma.
  5. Respeitar o contexto – Antes de alterar um espaço precisamos levar em consideração que há um valor emocional para quem habita o local, contanto, a primeira hipótese a ser levada em consideração deve ser : conservar, renovar, reciclar. Se não for possível essas opções, então devemos pensar em intervenções que use menos energia e poucos recursos para obtermos viabilidade de projeto.
  6. Projetar com uma tabela variada de produtos e materiais – Os projetistas devem se sentir livres para explorar e usar todos os materiais disponíveis no mercado, combinar diversos materiais para se obter melhor desempenho e qualidade.

Esses são os pontos principais do Ecodesign para cidades! Se você gostou, curte, compartilhe e nos acompanhe pelo blog ou facebook! Um abraço!

Novo Urbanismo, o que é?

O  Novo Urbanismo consiste em explorar as possibilidades reais do desenvolvimento de uma cidade. Com o crescimento de rodovias e áreas monofuncionais, a cidade passou a interagir com o cidadão de forma diferente. Ao invés de encontrarmos uma dinâmica ativa de comércio, lazer, descanso e outras funções por toda a cidade, encontramos núcleos de usos diferentes, por exemplo um shopping onde encontramos um forte setor comercial. Hoje, na maioria das vezes, para trabalharmos por exemplo, precisamos nos deslocar através de algum veículo auto motor. Precisamos levar em conta que é necessário estudos de aspecto social somados aos estudos de desenvolvimento e crescimento das cidades pois, é uma questão óbvia que as cidades são para serem feitas e projetadas para pessoas, mas nem sempre é isso que vemos. Outro fator é que as cidades devem contemplar o uso de diversas faixas etárias e classificações de renda, não excluindo nenhum tipo de uso. O correto seria pensar de forma a abranger todas as áreas e não só algumas em específico, como por exemplo o favorecimento para o uso de veículos auto motores, excluindo-se a possibilidade do trânsito de pedestres pela cidade.

novo urbanismo

Foi redigida uma carta do conceito do Novo Urbanismo e dividida em 27 tópicos, resumidos a seguir:

Metrópole, cidade grande e média, cidade pequena

01. A região metropolitana é um órgão com relevada importância no mundo contemporâneo. Devido a este fato, é crucial a cooperação das esferas públicas, governamentais, econômicas e de interesse público, para que haja um bom funcionamento da cidade como um todo.

02. Regiões metropolitanas são lugares finitos, limitadas por dividas geográficas e topográficas.

03. A metrópole tem uma necessária relação com a área rural, necessidade essa ambiental em primeiro aspecto, econômico e cultural.

04. Deve haver incentivo para o desenvolvimento das áreas periféricas da região metropolitana para que estas não caiam em esquecimento levando ao abandono.

05. O crescimento das periferias podem ocorrer de duas formas: pequenas cidades ou vilas com seu próprio perímetro urbano, e nesses casos deve haver uso misto na área para que a mesma não seja utilizada como cidade dormitório.

06. O desenvolvimento das cidades devem respeitar o legado histórico.

07. As cidades grandes e médias devem oferecer uma larga oferta de serviços públicos e privados para oferecer renda a todas as pessoas. Deve-se mesclar moradias sociais no espaço.

08. A estrutura física da cidade deve contar com diversos meios de transportes como bicicletas, transportes coletivos e pedestres, para que haja outras possibilidades de deslocamento fora o veículo automotor privado.

09. Impostos podem ser divididos equitativamente entre os governos para manutenção das cidades.

Bairro, setor e corredor

10.  O bairro, o setor urbano e o corredor são áreas essenciais para o desenvolvimento da cidade, são nesses espaços que as pessoas criam uma relação com o espaço.

11. Os bairros devem ser acolhedores e atender os pedestres e ter uso misto. Os setores tem certa prevalência de usos, mas deve ter o mesmo aspecto do bairro e os corredores são as ligações existentes entre um e outro.

12. Muitas atividades do cotidiano devem ser possíveis de serem feitas a pé. Isto para atender aos que não possuem veículo automotor e precisam trabalhar, se divertir, e fazer uso das necessidades básicas. Para isso, há necessidade de uma rede interligada de vias que encoraje o caminhar.

13. Variedade no tipo de moradia e preços para criar a correta dinâmica miscigenada de uma comunidade.

14. Corredores urbanos bem planejados para conectar todas as áreas sem desconsiderar o aspecto já existente no local da inserção do projeto.

15. Densidades adequadas das edificações e distâncias que deem para ser percorridas a pé, para que a área esteja ao alcance de todos.

16. A concentração de atividades públicas, educacionais e comerciais devem estar distribuídas pelos bairros e serem acessíveis a qualquer tipo de trânsito. Por exemplo, uma criança deve ser capaz de chegar a sua escola de bicicleta.

17. A vitalidade econômica e evolução harmoniosa de uma cidade deve ser estudada através de gráficos para possíveis melhoras.

18.  Diversidade de parques e áreas verdes distribuídos pelos bairros e essas mesmas áreas para servirem como conexão entre bairros e cidades.

Quadra, rua e edifício

19. A primeira tarefa de toda a arquitetura urbana e do paisagismo é a definição física das ruas e dos espaços públicos como lugares de uso comum.

20. Projetos de edificações isoladas podem ser perfeitamente ligados a seus vizinhos. Esta questão transcende as razões de estilo.

21. A revitalização de espaços urbanos depende de segurança (safety) e de proteção (security).

22. Na metrópole contemporânea o desenvolvimento deve acomodar os automóveis de forma adequada. Isto deve ser feito de modo a respeitar os pedestres e a forma do espaço público.

23. Ruas e praças podem ser seguras, confortáveis, e interessantes para o pedestre. Bem configuradas elas encorajam o passeio, permitem os moradores se conhecerem e com isto protegerem sua comunidade.

24. O projeto de arquitetura e paisagismo deve desenvolver-se considerando o clima, a topografia, a história e a prática de construir.

25. Edifícios institucionais e lugares públicos de reunião requerem sítios significativos para reforçar sua identidade e a cultura da democracia. Eles merecem formas distintas, porque seu papel é diferente dos outros edifícios e lugares que constituem o tecido urbano da cidade.

26. Todos os edifícios devem proporcionar a seu ocupante um claro senso de localização, clima, e tempo. Processos naturais de calefação e ventilação podem ser mais eficientes como economia de recursos que os sistemas mecânicos.

27. A preservação e renovação de edifícios históricos, áreas urbanas significativas (distritos), e de espaços verdes (landscapes) garantem a continuidade e evolução da sociedade urbana.

Esses aspectos mencionados acima, tem como foco o respeito as pessoas e o meio ambiente, procurando proporcionar espaços de qualidade ao usuário.

Por outro lado, temos opiniões divergentes quanto ao assunto do novo urbanismo mencionado acima. Segue críticas em relação ao assunto:

– eles estão provocando mais subdivisões do território (apesar de algumas inovadoras) do que cidades, se referindo ao problema da forma ocupação de dispersa do território;

– favoreceram mais o gerenciamento privado das comunidades, que propostas para novas formas de administração pública local;

– as densidades demográficas previstas são muito baixas para suportarem uso misto, e mais ainda para o uso de transportes públicos;

– estão criando enclaves demográficos relativamente homogêneos, sem muita diversificação socioeconômica;

– sem dúvida, estão produzindo uma nova, atrativa, e desejável forma de unidades planejadas de desenvolvimento (“PUD, Planned Unit Development”), e não um sistema eficiente de utilizar vazios bem localizados (“infill development”);

– as estratégias de mercado propostas são mais ajustadas aos empreendedores privados do que às agencias públicas;

– criaram uma nova onda determinista de que a forma segue a função (estranhamente moderno para aqueles que se dizem críticos do modernismo), levando a crer que o sentido de comunidade possa ser alcançado apenas pelo projeto;

– estão promovendo a perpetuação do mito de ser possível criar e manter núcleos urbanos com o caráter de localidades campestres;

– produzidos cuidadosamente, os projetos dos novos urbanistas são divulgados como evocação dos tempos dourados das pequenas cidades e da inocência de um século atrás, que em verdade foi o tempo em que muitos americanos se deslocaram do campo para as cidades maiores, e não para localidades de subúrbio.

Este é resumo dos pontos críticos colocados por Krieger, espelho da posição do GSD, Departamento de Planejamento e Projetos Urbanos de Harvard. Conclui que o bom urbanismo não é necessariamente aquele dos novos urbanistas. Que o sucesso obtido pelo Novo Urbanismo, como repercussão na sociedade, tem sido maior que suas realizações, se analisadas do ponto de vista técnico.

Texto base: Vitruvius

Nota pessoal:novo urbanismo.jpg

No meu ponto de vista pessoal, acredito que há muitas ideias significativas que constam na carta do novo urbanismo, como por exemplo a dinâmica proposta para os bairros e a inserção de áreas verdes, o que permite maior qualidade e satisfação na moradia local. Por outro lado, também é importante o ponto de vista contrário à carta, pois como observamos com conhecimentos empíricos, não podemos engessar um processo, ainda mais quando se trata de grandes espaços com dinâmicas diferentes. Precisamos levar em consideração todos os aspectos positivos e negativos do local, conhecê-lo profundamente, estudá-lo e então, propor iniciativas que venham somar para o bom desenvolvimento da cidade, sejam iniciativas a favor ou contra ideais proposto por estudiosos, políticos ou civis. O conjunto de conhecimentos nos leva a possibilidade de alternativas viáveis e de crescimento para os espaços projetados ou re-inventados, conforme necessidade do local.

 

Leitura recomendada: Vida e Morte das Grandes cidades – Jane Jacobs

 

Praça do Japão – Curitiba

Inspirada nos clássicos jardins japoneses, a Praça do Japão é uma homenagem de Curitiba aos imigrantes da terra do sol nascente. Há uma imponente réplica do Templo Dourado de Kyoto, com 11 metros de altura, e com uma garça em bronze no topo da casa doada por uma comitiva japonesa da cidade de Hijemi durante uma visita a Curitiba em 1994. O local abriga a Casa da Cultura (biblioteca de literatura nipo-brasileira) e uma loja de artesanato com destaques aos origamis, daruma (símbolo da persistência confeccionado sem olhos, que quando pintados simbolizam que um desejo foi alcançado), kaeru (sapinho da sorte, que geralmente é carregado na bolsa para atrair dinheiro), tsuru (pássaro de origami) e maneki neko (gato da fortuna, que acena com uma das patas e que atrai felicidade e alegria).


Em uma área verde de 8.420 m², há 10 cerejeiras e um pinheiro japonês, estátua de Buda em resina, cinco lagos com carpas coloridas, gramado, duas cascatas, portal em madeira japonês, uma lanterna oriental, que é um monólito em pedra esculpida com 1,20 m de altura, monumento em comemoração aos 50 e 100 Anos de Imigração Japonesa no Brasil (18 de junho de 1958 e 18 junho de 2008, respectivamente) e a estátua Paz Nº 30.31, do artista plástico japonês Baku Inoue, em referência a bomba atômica de Hiroshima.


A Praça do Japão também é palco de diversas atrações culturais, entre elas aulas de ábaco, meditação, origami e a “Cerimônia do Chá”, uma tradição budista milenar que promove paz e tranquilidade ao preparar, servir e beber chá.


Outra atividade que ocorre semanalmente no local é a feira orgânica. Seis barracas vendem frutas, verduras, legumes, sucos, geleias e pescados.

Endereço: Av. Sete de Setembro, Água Verde, Curitiba, CEP: 80240180

Telefone: (41) 3242-7222 (Praça do Japão/ Casa da Cultura)

Site: http://www.viaje.curitiba.pr.gov.br

Horário de funcionamento: 
» Praça do Japão
Todos os dias: ininterrupto

» Casa da Cultura (Biblioteca)
Segunda a sexta: 9h às 18h

» Loja de Artesanato
Quinta a domingo: 10h às 17h

» Cerimônia do Chá
Sábado: 9h às 12h

» Prática de Meditação
Sábado: 19h30 (Iniciantes)
Domingo: 9h (Praticantes)

» Aula de Ábaco
Sexta: 13h às 17h

» Aula de Origami
Quinta a domingo: 10h às 17h

» Feira Orgânica
Quintas: 14h às 22h

Preço: Acesso gratuito à praça, Casa da Cultura (Biblioteca) e prática de meditação. Cada encontro para a Cerimônia do Chá custa R$ 10. Cada aula de Origami é R$ 5 (material é cedido pelos professores). Aulas de ábaco custam a partir de R$ 70 (mensais)


Estacionamento: Não tem

 

Mais informações: É permitido levar animais. O dono é responsável pela coleta dos dejetos. Tem 12 bancos de madeira em bom estado de conservação espalhados pela praça. Na praça ainda existem três telefones públicos. Há seis lixeiras sem coleta seletiva. Não tem banheiro público. A segurança é feita pela Guarda Municipal. Tem uma ciclovia com 140 metros de extensão, também usada como pista de cooper. Não é possível alugar bicicletas no local. Tem uma banca de revista e lanchonete com água, refrigerantes, salgados e doces. Não tem bebedouros. Biblioteca empresta livros gratuitamente com devolução de até 15 dias. Para fazer a carteirinha é necessário comprovante de residência, RG ou CPF.

Outros telefones:

» Associação Nipo-Brasileira de Curitiba: (41) 3264-5474

» Gerência de Feiras Orgânicas: (41) 3350-3838 e (41) 3350-3871

» Associação Cultural e Beneficente Nipo-Brasileira de Curitiba: http://www.nikkeicuritiba.com.br

» Prefeitura de Curitiba: parquesepracas@smma.curitiba.pr.gov.br

» Associação Nipo-Brasileira de Curitiba: bunenkyo@onda.com.br

» Secretaria de Abastecimento, responsável pela Feira Orgânica: smab@smab.curitiba.pr.gov.br

fonte: gazetadopovo

Jardim Indiano

[Ultimo post sobre estilos de jardim.]

Para ter-se uma melhor compreensão sobre esse estilo, é necessário o estudo das construções do lugar, saber como se desenvolvia a arquitetura da época. O que temos em mãos para esse estudo são os templos que eram construídos de pedra e por isso resistiram ao tempo. Na época o material mais usado para construção era o barro, um material frágil e que não tem longa durabilidade.

O paisagismo na Índia é influenciado por seu clima tropical, e seus tipos de topografia como montanhas, grandes rochas, rios.

As características do jardim são: lagos em formas geométricas, fontes, percursos de águas e plataformas de pedra para que o Rajah (imperador) possa se sentar. O espaço ao ar livre é muito valorizado para o descanso, a meditação e a contemplação. É prática comum na Índia a larga utilização de canais de água elevados.

Jardim Japonês

É um jardim que envolve a religião, o estado de espírito. Na construção desse estilo de jardim leva-se em conta a filosofia, a simbologia de cada elemento. São inclusos: água, pedras, plantas e os acessórios.

O paisagismo para os japoneses é uma das formas de arte mais expressivas pois consegue formar uma certa paisagem num espaço delimitado de forma harmônica.

Alguns elementos são imprescindíveis para o estilo, são eles:

 

O Sakura ou cerejeira ornamental: Árvore florífera, sua flor é tida pelos japoneses como ‘flor da felicidade’ , quando a árvore floresce, eles festejam sua floração.

O Momiji-Gari ou Acer Vermelho: Significa a melancolia e a reflexão.

As lanternas de pedra: Ajuda a clarear a mente, traz concentração e devem ser dispostos de forma a não ofuscar a visão.

O lago e as carpas: O lago é importante porque água representa vida, as carpas representam fertilidade e prosperidade.

Taiko Bashi ou ponte: Significa a evolução o amadurecimento,engrandecimento, auto-conhecimento.O bambu; a flexibilidade.

As pedras das cascatas: Fica no centro do jardim. A pedra colocada na posição vertical representa a figura do pai, e a da horizontal, a mãe, dela, brota a água. As outras pedras, simbolizando os descendentes, são distribuídas em torno do lago e entremeadas pela vegetação.

O bambu e os adornos: Os galhos do bambu são amarrados, direcionando o crescimento para que a planta se curve para o lago, como em reverência. O sino de vento e os macacos de cerâmica, fixados na planta, trazem o som da natureza e a felicidade.

Jardim Inglês

Foi um jardim inovador,avesso às formas simétricas e artes de topiaria. Encanta pelas suas formas curvas e arredondadas, tanto no relevo como nos caminhos e na construção de bosques.

Esse estilo é composto de vastos gramados com grandes alamedas. Não se usa terrenos planos e sim com ondulações que por sua vez, são muito valorizadas. Formas geométricas ou retas não são usadas.

Podem-se misturar árvores e arbustos ou mesmo usá-los separadamente, plantas floríferas e perfumadas podem ser aplicadas nos maciços em meio ao extenso gramado.

 

 

Componentes como rochedos e pequenas colinas, construção de ruínas, clareiras, lagos, riachos, quiosques, são bem-vindos porque trazem naturalidade e charme ao jardim. O intuito desse jardim é fazer com que a pessoa tenha a impressão de que anda por um bosque antigo e natural, onde o homem não interferiu na natureza.

Jardim Francês

É o mais rígido e formal de todos os estilos, um jardim clássico. Sua composição só aceita formas geométricas e simetria perfeita, um exemplo desse tipo de jardim é o do Palacio de Versalhes, que demostra o domínio do homem na natureza.

Os caminhos desse jardim são largos e bem definidos, com arbustos perfeitamente topiados. As curvas francesas são muito utilizadas, todas perfeitamente simétricas e organizadas.

Em questão de flores são usadas  roseiras, tulipas e azaléias, que são vistas apenas em canteiros delimitados.

Devido à intensa necessidade de podas, o jardim francês é considerado de alta manutenção e custo, que pode ser amenizado com plantas de crescimento lento a moderado.

Outros elementos também podem fazer parte, como lagos, bancos, colunas, caramanchões, luminárias, esculturas, etc, desde que se integrem ao estilo.

Jardim Desértico

O jardim desértico reproduz a paisagem árida. Caracteriza-se pela presença de plantas xerófitas ( espécies que desenvolveram a capacidade de reduzir a perda de água).

Os jardins desérticos podem ser:

1. Informais: Segue linhas orgânicas e quase não há acessórios.

2. Temático: Relacionado com a cultura e as plantas de determinada região, podendo então recriar paisagens como a caatinga do nordeste brasileiro, jardins mexicanos, jardins do cerrado.

3. Desérticos Contemporâneos: Livres na forma e contém elementos ousados como vasos, pedras e elementos inovadores.

Todos esses tipos de jardim desértico apresentam elementos em comum como as plantas geométricas e simétricas. Normalmente os espinhos estão presentes nesse estilo de jardim.

O jardim requer pouca manutenção, por outro lado necessita de um excelente sistema de drenagem, forrações com pedriscos e areia também se faz necessário.

Jardim Italiano

Nesse estilo de jardim, utiliza-se plantas frutíferas, flores, estátuas, e fontes, geralmente localizadas no centro do jardim.

Encontra-se também formas topiadas de buxinhos com estátuas de deuses e árvores como laranjeiras e macieiras. Não pode faltar o elemento água, seja numa fonte, chafariz ou mesmo espelho d’água. As plantas devem ser de origem mediterrânea para aguentar o frio e a seca. Podem ser usados também  vasos cerâmicos, esculturas, treliças, arcos, pontes, bancos, etc, trazendo ao ambiente um clima romântico e clássico.

[continuação dos estilos de jardins nos próximos posts]

Jardim Tropical

Antes de montar seu jardim, é bom você se identificar com um estilo de jardim.

Abaixo temos o primeiro exemplo de um estilo de jardim:

Jardim Tropical

Esse jardim tem como característica a impressão de que o homem não interferiu na paisagem. Algumas das plantas que adornam esse jardim são as de cores vivas e formas esculturais como palmeiras, dracenas, bromélias, helicônias, bananeiras, gengibres e orquídeas, entre muitas outras. Elementos como bancos, pergolados, vasos, são bem-vindos.Neste estilo também não podem faltar pedras, lagos ou fontes sempre com a aparência o mais natural possível.

[mais estilos de jardins nos próximos posts]